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03 de December de 2024

Coordenadora do Observatório RH-UFRN destaca desafios e caminhos para visibilizar a agenda da classe trabalhadora no 1º EnconTrabs

No último dia 29 de novembro de 2024, a professora Janete Castro, coordenadora do Observatório RH-UFRN, participou como debatedora no 1º Encontro de Gestão do Trabalho na Saúde (1º EnconTrabs), realizado virtualmente pela Plataforma Teams.

O evento teve como tema “O trabalho em Saúde no SUS: o desafio de visibilizar e efetivar a agenda da classe trabalhadora brasileira”, reunindo especialistas e gestores para discutir questões cruciais sobre o trabalho em saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).

A professora Janete Castro destacou o papel do controle social e a necessidade de uma agenda clara e amplamente para a classe trabalhadora da saúde, reforçando a complexidade do tema: “A relação controle social versus trabalho, por si só, já poderia gerar um grande debate. Especialmente quando nos debruçamos sobre a problemática do título deste encontro”.

Ao abordar questões fundamentais para o debate, como se há uma agenda para a classe trabalhadora, os pontos defendidos, como foi construída e o qual o papel do controle social e o quanto a população usuária do SUS conhece e apoia essa agenda, a professora ressaltou a importância de compreender o valor dado ao trabalho em saúde, não apenas pelos gestores, mas também pela sociedade.

A professora também conectou a discussão a um contexto mais amplo, abordando as transformações do mundo do trabalho. Citou autores caros ao tema, como Ricardo Antunes e Byung-Chul Han, para descrever os impactos da precarização e da "uberização" no trabalho em saúde, destacando a necessidade urgente de políticas que protejam os trabalhadores.

Como contribuição ao debate, ainda apresentou seis sugestões para fortalecer e legitimar a agenda da classe trabalhadora no SUS: construir uma agenda legítima e reconhecida pelos trabalhadores; discutir essa agenda nas instâncias de controle social do SUS; pactuar a agenda em espaços como a CIB e a CIT; promover e apoiar discussões nos estados e municípios sobre suas implicações; elevar as discussões do nível técnico para o nível político; e qualificar e fixar equipes gestoras de trabalho em saúde.

“Este é um contexto que exige, além de competência técnica, habilidade política. Não é um desafio para amadores,” concluiu a professora Janete Castro, reforçando a complexidade do cenário atual.

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