Salvador/BA, 20 de novembro. O GT Trabalho e Educação na Saúde apresentou, durante as atividades do III Simpósio Internacional Trabalho e Educação na Saúde da ABRASCO, o painel “Trabalho e formação em Saúde: Armadilhas, desafios e regulação”.
A Coordenação da mesa ficou ao encargo da professora Isabela Cardoso, Presidente do 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva e Professora do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA.
Participaram como expositores Bruno Guimarães de Almeida, Diretor da Gestão do Trabalho e Educação na Saúde da SES/BA; Ana Estela Haddad, Professora da Universidade de São Paulo; Fernando Aith, Diretor do Centro de Pesquisa de Direito Sanitário da USP; Ana Paula Marques, Professora da Universidade do Minho/Portugal; e Marcelo Viana, Professor da UFRN.
Bruno Almeida apresentou dados da situação brasileira atual acerca da violência e exclusão social, pobreza, fome, vulnerabilidade social e a presença marcante do racismo estrutural como uma realidade que impacta na política de saúde e no serviço ao usuário do SUS, desafios aos quais o mundo do trabalho e da gestão do trabalho e educação da saúde deve está atenta ao debate e a busca por alternativas positivas a espelho da ideia de “esperançar” de Paulo Freire.
Ana Estela Haddad apresentou dados sobre a regulação do ensino superior no Brasil e a problemática da desregularização, observando os mecanismos de avaliação e estudos na área, recuperando a ideia dos sistemas complexos que percebem uma organização como uma malha em movimento, citando o professor Felix Rigoli, no capítulo do livro “Educação e trabalho: interface com a gestão em saúde”, uma publicação do Observatório RH UFRN, organização de Janete Castro, Rosana Vilar e Aparecida Dias.
Fernando Aith tratou da regulação de profissões em saúde e das novas profissões de saúde no Brasil e a problemática da desvinculação do ensino ao SUS. O professor apresentou também o complexo de normas e a multiplicidade de instituições reguladoras suas contingências, desfuncionalidades, um modelo que acaba gerando conflitos regulatórios no sistema de saúde brasileiro e recorrentemente judicializados.
Ana Paula Marques tratou do sistema de saúde do trabalho em Portugal, em razão da sua formação em sociologia do trabalho, ao apresentar uma reflexão sobre a crise sanitária, sobretudo, em razão da pandemia, e a precarização do trabalho enquanto uma questão latente que precisa ser enfrentada.
Marcelo Viana apresentou os desafios atuais do trabalho em saúde, dentre eles, a precarização do trabalho, a necessidade de rever as políticas atuais e a lógica da produtividade versus o compromisso com a saúde das pessoas e o papel do trabalho interprofissional enquanto identidade compartilhada da equipe, independência, integração, responsabilidade compartilhada e orientações para às necessidades de saúde.
III Simpósio Internacional Trabalho e Educação na Saúde da ABRASCO
O evento, uma parceria entre o GT Trabalho e Educação na Saúde da Abrasco e o Observatório RH UFRN, acontece entre os dias 19 e 20 de novembro, no Centro de Convenções da cidade de Salvador, Bahia, e antecede o 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva da ABRASCO que apresenta este ano como proposição geral “Saúde é Democracia: diversidade, equidade e justiça social”.
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