Suziele da Costa Souza Lima | Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Gestão, Trabalho, Educação e Saúde

Suziele da Costa Souza Lima é mestranda em Gestão, Trabalho, Educação e Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Possui graduação em Turismo pelo Centro Universitário do Norte (2005). Atualmente, é servidora pública estatutária na Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, lotada no Departamento de Planejamento e Gestão, no Estado do Amazonas. Tem experiência na área de Políticas Públicas do SUS, Planejamento e Gestão em saúde pública, com ênfase em planejamento, programação e orçamento público no processo de descentralização da Gestão do SUS, Assistência à Saúde, controle Social e participação popular e saúde indígena e formações para processos educativo em gestão regionalizada e gestão do trabalho e educação em saúde. Trabalha desde de 2005 no Planejamento da Gestão em Saúde. É especialista em Planejamento e Orçamento Público do SUS (2015) pela FIIOCRUZ/AM; especialista em Processos Educativos em Educação Permanente na Gestão Regional do SUS (2013); especialista em Micropolítica da Gestão e Trabalho em Saúde (UFF, 2014); especialista em Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (Fiocruz, 2016); especialista em Administração Hospitalar (UEA,2004); tem curso de Aperfeiçoamento em Gestão Orçamentaria, Financeira e Contábil, (2006) e em Gestão em projetos de investimento em Saúde, (2007); é também especialista em Analise Situação em Saúde, (UFG, 2022); especialista em Saúde Digital (UEA,2022); e graduanda em Serviço Social (UNIP, 2023). Nesta entrevista, Suziele da Costa Souza Lima apresenta um pouco da sua visão e experiência enquanto discente do MGTES/UFRN. A entrevista, realizada em novembro de 2023, por Gustavo Sobral e Thais Paulo, para Observatório RH UFRN, é parte de uma série de entrevistas com os mestrandos do PPGTES.

Observatório RH: Qual a principal motivação para ingressar no mestrado? Suziele da Costa Souza Lima: Trabalhei com gestão do trabalho na organização e estruturação da Secretaria de Saúde Pública do Amazonas, meu Estado, foi quando eu comecei a me envolver, me apaixonar pela área. Então é uma paixão, uma paixão à parte, porque de formação sou turismóloga, depois que me formei sanitarista, e pensei que já era hora de avançar para um mestrado. Quando eu me candidatei, eu estava grávida. Meu filho tem dois anos de idade, o mesmo tempo do meu mestrado. A motivação não foi outra que aquela paixão mesmo de estudar gestão e a educação em saúde.

Observatório RH: Como foi o processo de pensar e construir um projeto para o mestrado? Suziele da Costa Souza Lima: Eu já tinha uma ideia inicial para o projeto, a precarização dos serviços em saúde no meu Estado, pensar os aspectos que a envolvem como o desvio de função, a questão da carga horária, os processos de terceirização, questões que na maioria das vezes tornam o trabalho em saúde desmotivante. Essa foi a ideia. Meu projeto foi aprovado, porém, quando eu apresentei à Secretaria do meu Estado, a proposta não foi bem recebida, então, mudei para a proposta de uma escola de saúde pública no Estado do Amazonas, ou pelo menos uma instituição de educação e saúde na secretaria de saúde. No entanto, também foi um projeto que enfrentou resistência. Havia uma terceira opção, estudar a Escola de Saúde Pública do município de Manaus. Conversei com o meu orientador, o professor Maurício Telles, e ele abraçou a ideia e seguimos adiante.

Observatório RH: Que contribuições o mestrado trouxe para o seu trabalho na área da gestão do trabalho em saúde? Suziele da Costa Souza Lima: A experiência foi extremamente proveitosa, o conhecimento adquirido durante o mestrado realmente é transformador para a nossa prática e o nosso dia a dia no trabalho. Posso citar a professora Janete Castro, a professora Rosana Vilar, a professora Maria Aparecida Dias, o professor Dyego Leandro Bezerra, e todos os outros foram essenciais neste processo. Tudo que eu pude captar de informação para levar para dentro da minha instituição e fazer com que a cabeça das pessoas também pudesse mudar foi de extrema valia. O mestrado me colocou num lugar no qual eu me sinto qualificada.

Observatório RH: Poderia nos falar um pouco sobre o papel das bancas para o aperfeiçoamento do seu trabalho de pesquisa? Suziele da Costa Souza Lima: A banca junto com meu orientador foram meu maior incentivo para melhorar e aperfeiçoar o meu trabalho. As observações da banca nos levam a refletir e nos abrem para novas formas de pensar e melhorar o nosso trabalho, nos encorajam a enfrentar melhor este desafio que não é só da pesquisa, mas que também passa por atender uma série de protocolos, acesso a documentos, enfim, cada momento teve o seu valor e a sua contribuições, cada um deles e todos eles fizeram o mestrado valer muito a pena.

Observatório RH: Para finalizar, que mensagem você deixaria àqueles que pretendem cursar o mestrado profissional? Suziele da Costa Souza Lima: Nunca desista dos seus sonhos, por mais obstáculos que tenha na frente. Eu tive muitos obstáculos, eu podia ter desistido. É, eu tive uma gravidez de alto risco e, no dia da minha defesa de projeto, eu estava na maternidade. Eu tinha acabado de ter o meu neném, mas mesmo assim eu não deixei de participar, eu fui, defendi fui aprovada, cursei o mestrado, passei pelas bancas, e hoje eu sou mestra em Gestão, Trabalho, Educação e Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.