Rede ObservaRH - Observatório RH da UFRN

[...] Um dos motivos que me fez pensar em trabalhar com a educação interprofissional como uma estratégia de qualificar o serviço, tendo em vista que os princípios da educação interprofissional estão bem alinhados à política da educação permanente. Francisco Auber Pergentino Vieira

Entrevista

Francisco Auber Pergentino Vieira | Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Gestão, Trabalho, Educação e Saúde

Mestrando no curso de Pós Graduação em Gestão, Trabalho, Educação e Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Francisco Auber Pergentino Vieira é graduado em Biomedicina com habilitação em Patologia Clínica (Análises Clínicas), Sanitarista, FSM, Cajazeiras/PB (2015), pós-graduado em Gestão da Vigilância Sanitária (GVISA) pelo Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (EP/HSL), São Paulo/SP e em Avaliação em Saúde Aplicada à Vigilância (UFPE). Também é pós-graduando em Gestão e Saúde Pública, FAFIC, Cajazeiras-PB. Tem experiência em Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) e Pesquisa Clínica, Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), São Paulo/SP. Biomédico/Sanitarista na Secretaria Municipal de Saúde de Carrapateira-PB/NASF-AB/3. Facilitador no Curso Técnico de Vigilância em Saúde (TVS) - ESP/PB. No ano de 2020, atuou como Biomédico no Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Municipal Honorina Tavares, Bonito de Santa Fé/PB. Nesta entrevista, Francisco Auber Pergentino Vieira apresenta um pouco da sua visão e experiência enquanto discente do MGTES/UFRN. A entrevista, realizada em julho de 2023 por Gustavo Sobral e Thais Paulo para Observatório RH UFRN, é parte de uma série de entrevistas com os mestrandos do PPGTES.

Observatório RH: Qual a principal motivação para ingressar no mestrado? Francisco Auber Pergentino Vieira: A minha maior motivação na busca pelo Mestrado em Gestão, Trabalho, Educação e Saúde é profissional. Atualmente, estou na Escola de Saúde Pública da Paraíba como facilitador e orientador de aprendizagem e também atuo no âmbito da Atenção Primária, e o mestrado contempla diversas áreas temáticas de estudo dos campos onde atuo, a gestão, o trabalho, a educação e a saúde, portanto, o que me traz ao mestrado são as vivências nessas áreas e o interesse em obter maior conhecimento na área das metodologias ativas, no princípio da aprendizagem significativa e da educação interprofissional. O mestrado profissional também se alinha à minha rotina de trabalho, tendo em vista que não estou somente em um vínculo profissional. Sem contar que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte é uma instituição bastante renomada. O que também me motivou bastante é que é um mestrado que tem uma característica muito peculiar, envolve profissionais de diferentes especialidades, de diferentes contextos e realidades distintas.

Observatório RH: Como tomou conhecimento da existência deste mestrado e como chegou a uma ideia para pesquisa? Francisco Auber Pergentino Vieira: Uma colega de trabalho que atua na Escola de Saúde Pública da Paraíba participou da primeira turma e eu estive acompanhando um pouco a execução da pesquisa dela no mestrado. Me inscrevi na seleção, passei, ingressei no curso e comecei a participar das aulas e das discussões nas disciplinas. Foi a partir destas discussões que comecei de fato ter em mente o objeto de estudo. Voltei-me para o aspecto da fragmentação do trabalho principalmente no âmbito da atenção primária, trazendo a vigilância em saúde e essa integração da vigilância em saúde com a atenção primária. Um dos motivos que me fez pensar em trabalhar com a educação interprofissional como uma estratégia de qualificar o serviço, tendo em vista que os princípios da educação interprofissional estão bem alinhados à política da educação permanente.

Observatório RH: Qual a sua avaliação do processo de formação e conhecimento que o curso lhe trouxe? Francisco Auber Pergentino Vieira: As disciplinas me oportunizaram momentos de reflexão diante de diferentes temáticas que foram sendo trabalhadas. Por exemplo, a gestão, a precarização e a uberização do trabalho, a fragmentação dessas práticas e também a pensar numa perspectiva de trabalho e da educação na saúde como uma estratégia de qualificar esse trabalho. É a partir dessas trocas que a gente começa a repensar a nossa prática de trabalho e a repensar os cenários em que estamos inseridos e as condições de trabalho. Este é um mestrado que traz muito essa perspectiva do trabalho em si, da concepção do trabalho e das mudanças no mundo do trabalho nessa nova era digital, essas transformações que tem impacto no trabalhador e também no serviço. Este mestrado é um mestrado que que contribui na nossa qualificação profissional.

Observatório RH: Poderia nos falar um pouco sobre o papel do orientador na construção do seu projeto? Francisco Auber Pergentino Vieira: Meu orientador é o professor Marcelo Viana da Costa, referência na educação interprofissional em saúde. Um orientador presente, atencioso e que está me orientando no curso de mestrado desde os primeiros passos, quando eu iniciei o esboço da pesquisa, e que contribuiu o tempo todo com direcionamentos válidos e necessários. O professor Marcelo Viana é um pesquisador que tem bastante conhecimento nessa área da educação interprofissional e, assim, estamos chegando nessa reta final com um produto muito bom para apresentar à comunidade acadêmica e que traz a vigilância em saúde nessa perspectiva de um trabalho colaborativo, de um trabalho em equipe, a partir da desses princípios da educação interprofissional.

Observatório RH: Em suma, o que, na sua visão, a partir da sua experiência como aluno do curso, o mestrado representa para área da gestão do trabalho e da educação na saúde? Francisco Auber Pergentino Vieira: O mestrado nos permite vivenciar momentos de muita troca de experiências e, assim, o conhecimento é construído através desse diálogo, da interação. Este é um mestrado que promove uma aprendizagem significativa e problematizadora que, aliado à nossa vivência, à nossa prática de trabalho, constrói um novo conhecimento. Este é um mestrado que veio para contribuir com as áreas da gestão do trabalho e da educação na saúde e está bem alinhado à política da educação permanente e também às orientações que partem do trabalho e da educação na saúde.