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[...] Não gostaria de fazer um mestrado apenas por fazer e em busca de titulação (...). Quando fiquei sabendo desse edital, me chamou muito a atenção ele ter termos que têm tudo a ver com a minha trajetória e paixão por essa área. Klauser Michels

Entrevista

Klauser Michels | Servidor da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina e aluno do Mestrado Profissional em Gestão, Trabalho, Educação e Saúde

Entrevista com Klauser Michels, servidor da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina e aluno do Mestrado Profissional em Gestão, Trabalho, Educação e Saúde. A entrevista foi conduzida por Dinorah de França Lima, estagiária de pesquisa do Observatório de Recursos Humanos da UFRN.

Observatório RH: Klauser, você poderia nos contar um pouco sobre sua trajetória profissional? Klauser Michels: Sou psicólogo com duas especializações: Psicologia Organizacional e do Trabalho e em Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, certificada, na época, pela Escola Nacional de Saúde Pública. Ambas as especializações foram voltadas para a área da gestão do trabalho. Ingressei na Secretaria de Saúde Pública de Santa Catarina, em 2006, e atuei até recentemente na Diretoria de Gestão de Pessoas. Atualmente, sou lotado na Diretoria de Educação Permanente (um desejo de longa data). Em minha trajetória na Diretoria de Gestão de Pessoas, atuei, praticamente, em todos os departamentos. Atuei também como gerente na área de Avaliação e Controle de Gestão de Pessoas.

Observatório RH: Por que escolher cursar o Mestrado Profissional em Gestão, Trabalho, Educação e Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte? Klauser Michels: O mestrado era um desejo profissional e pessoal. Não gostaria de fazer um mestrado apenas por fazer e em busca de titulação. Eu gostaria de fazer dentro da minha área de formação e atuação. Quando fiquei sabendo desse edital, me chamou muito a atenção ele ter termos que têm tudo a ver com a minha trajetória e paixão por essa área. Não conhecia muito sobre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, mas gostei muito quando vim de Santa Catarina para fazer a entrevista. Gostaria de fazer esta observação: percebi, na ocasião da entrevista, a seriedade do processo seletivo e da Universidade, deu para ver, mesmo que rapidamente, a organização do Departamento de Saúde Coletiva e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Me senti muito bem em fazer a entrevista com a coordenação do Mestrado Profissional em Gestão, Trabalho, Educação e Saúde e me deu mais certeza da escolha que estava fazendo.

Observatório RH: Quais são suas expectativas em relação ao Mestrado Profissional em Gestão, Trabalho, Educação e Saúde? Klauser Michels: Minha expectativa ao entrar foi dar continuidade a minha trajetória de formação. Em minhas especializações aprendi muito sobre o Sistema Único de Saúde e imaginei que seria uma oportunidade muito rica para discutir com colegas de diversas instituições e de vasta experiência profissional. Nesta turma de mestrado estamos discutindo com colegas de vários estados e do Ministério da Saúde e essa diversidade proporciona uma boa troca. Os professores também são diferentes, pois, além da trajetória acadêmica, possuem experiência de gestão. Então, minha expectativa inicial era adquirir conhecimento com os colegas de sala e com os professores do Mestrado Profissional em Gestão, Trabalho, Educação e Saúde.

Observatório RH: Você poderia nos contar um pouco sobre o seu projeto de pesquisa? Klauser Michels: Claro. Farei o meu projeto na área da Gestão do Trabalho, na linha da Saúde Ocupacional, dentro do viés dos riscos psicossociais na Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina. Um dos 13 hospitais de responsabilidade do estado de Santa Catarina será utilizado como projeto piloto para implantação de uma recém-contratada equipe multiprofissional em saúde ocupacional. A ideia, de maneira geral, é utilizar esse hospital, que é um dos maiores em porte, número de leitos e atendimentos do estado, para avaliar a percepção dos profissionais médicos sobre os riscos psicossociais no trabalho e no modo de vida deles. Esse é um tema que no Brasil não é tão discutido em comparação a outros países.

Observatório RH: Como o tema do seu projeto foi definido? Klauser Michels: O tema foi escolhido exatamente pela falta de produção cientifica sobre ele. É um desafio realizá-lo por não se ter muita pesquisa na área focando nas condições do trabalho para esse grupo profissional. Na verdade, existem alguns estudos, mas não dentro do que me proponho a estudar. Essa ausência me motivou. Em resumo, acredito que vou contribuir com o serviço, produzindo material para essa área.